Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são um grupo de distúrbios que envolvem a interrupção focal e súbita do fluxo sanguíneo encefálico, que causa déficits neurológicos. Acidentes vasculares encefálicos podem ser
Seus sintomas transitórios de AVC (sintomas transitórios de AVC ) sem evidências de infarto cerebral agudo (com base em ressonância magnética ponderada por difusão) são denominados crise isquêmica transitória (CIT).
Os AVC comprometem as artérias cerebrais ( Artérias do cérebro.), tanto as da circulação anterior, que consiste em ramos da artéria carótida interna, como as da circulação posterior, que consiste em ramos das artérias vertebral e basilar.
A artéria cerebral anterior supre as porções mediais dos lobos frontal e parietal e o corpo caloso. A artéria cerebral média supre grandes porções das superfícies dos lobos frontal, parietal e temporal. Os ramos das artérias cerebrais anterior e média (artérias lenticuloestriadas) suprem os gânglios basais e o limbo anterior da cápsula interna.
Já as artérias vertebral e basilar suprem o tronco encefálico, cerebelo, córtex cerebral posterior e lobo temporal medial. As artérias cerebrais posteriores bifurcam-se da artéria basilar para suprir os lobos temporal medial (incluindo o hipocampo) e occipital, tálamo e corpos mamilares e geniculados.
A circulação anterior e a posterior comunicam-se no círculo arterial do cérebro.
Os seguintes são fatores modificáveis que mais contribuem para o maior risco de acidente vascular cerebral:
Doenças cardíacas (particularmente doenças que predispõem à embolia, como infarto agudo do miocárdio, endocardite infecciosa e fibrilação atrial)
Os fatores de risco não modificáveis incluem:
Portanto os sintomas iniciais do AVE ocorrem subitamente. Geralmente incluem dormência, fraqueza ou paralisia dos membros contralaterais e da face; afasia; confusão; distúrbios visuais em um ou ambos os olhos (p. ex., cegueira monocular transitória); tontura ou perda de equilíbrio e de coordenação e cefaleia.
Portanto os déficits neurológicos refletem a área cerebral envolvida ( Síndromes selecionadas de AVC). AVC da circulação anterior, em geral, causa sintomas unilaterais. AVC da circulação posterior pode causar déficits unilaterais ou bilaterais e tem maior probabilidade de afetar o nível de consciência, especialmente quando há envolvimento da artéria basilar.
Perturbações sistêmicas ou autonômicas (p. ex., hipertensão, febre) ocorrem ocasionalmente.
Outras manifestações, mais do que os déficits neurológicos, geralmente sugerem o tipo de AVC. Por exemplo:
Quanto as complicações do AVC podem incluir problemas de sono, confusão, depressão, incontinência, atelectasias, pneumonia e disfunção da deglutição, que pode causar aspiração, desidratação ou desnutrição. A imobilidade pode levar a doença trombo embólica, descondicionamento, sarcopenia, ITU, úlceras de pressão e contraturas.
O funcionamento diário (incluindo a capacidade de nadar, ver, sentir, lembrar, pensar e falar) pode ser reduzido.
A avaliação visa estabelecer o seguinte:
Suspeita-se de AVC em pacientes com qualquer um dos seguintes:
Se ainda houver suspeita de AVC, são necessárias neuro imagens imediatas para diferenciar AVC isquêmico de hemorrágico e para detectar sinais de elevação da pressão intracraniana.
A Tomografia Computadorizada é particularmente sensível para o sangue intracraniano, mas pode ser normal ou exibir apenas alterações discretas para o AVC isquêmico da circulação anterior durante as primeiras horas dos sintomas. TC também não detecta alguns AVE da pequena circulação posterior.
Já a Ressonância Magnética é sensível para sangue intracraniano e pode detectar sinais de AVC isquêmico não vistos na TC, porém a TC pode ser realizada mais rapidamente. Se há suspeita clínica de AVE não detectado pela TC, RM ponderada em difusão geralmente pode auxiliar no diagnóstico do AVE isquêmico.
Quando a consciência estiver prejudicada, com ausência ou presença equívoca de sinais de lateralização, são necessários exames adicionais para causas outras que não sejam AVE.
Após determinar o tipo de AVC, isquêmico ou hemorrágico, são realizados exames para a determinação das causas. Os pacientes também são avaliados em busca de distúrbios gerais agudos coexistentes (p. ex., infecção, desidratação, hipóxia, hiperglicemia, hipertensão).
O acompanhante ou os pacientes são interrogados sobre depressão, que geralmente ocorre após AVC. Uma equipe de disfagia avalia a deglutição; algumas vezes é necessário um estudo de deglutição com bário.
Estabilização
Reperfusão para alguns acidentes vasculares cerebrais isquêmicos
Medidas de suporte e tratamento das complicações
Mas a estabilização pode ser necessária antes da avaliação completa. Pacientes comatosos ou com embotamento mental (p. ex., pontuação na escala de coma de Glasgow ≤ 8) podem necessitar de suporte para manutenção das vias respiratórias. Se há suspeita de aumento da pressão intracraniana, pode ser necessário monitorar a pressão intracraniana e adotar medidas para reduzir o edema cerebral.
Quanto aos tratamentos agudos específicos variam com o tipo de AVC. Podem incluir reperfusão (p. ex., ativador do plasminogênio tecidual recombinante, trombólise ou trombectomia mecânica) em alguns acidentes vasculares encefálicos isquêmicos.
Após o AVE, a maioria dos pacientes exige reabilitação (terapia ocupacional e fisioterapia) para otimizar a recuperação funcional.
De antemão alguns pacientes necessitam de terapias adicionais (p. ex., fonoaudiologia, restrições alimentares). Para a reabilitação, a melhor conduta é uma abordagem interdisciplinar.
A depressão depois de um AVC pode requerer antidepressivos; muitos pacientes beneficiam-se com a orientação psicológica.
Portanto é necessário as modificações do estilo de vida (p. ex., parar de fumar) são encorajadas e o tratamento medicamentoso (p. ex., para hipertensão) podem ajudar a retardar ou prevenir os AVC subsequentes.
Portanto a prevenção de acidente vascular cerebral são escolhidas com base nos fatores de risco do paciente. Para a prevenção de AVC isquêmico, as estratégias podem incluir procedimentos (p. ex., endarterectomia da carótida, colocação de stent), terapia antiplaquetária e anticoagulantes.
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Referência sobre o tratamento
1. Jauch EC, Saver JL, Adams HP Jr, et al: Diretrizes para o tratamento precoce de pacientes com AVC isquêmico agudo: Uma diretriz para profissionais de saúde da American Heart Association / American Stroke Association. Stroke 44 (3): 870–947, 2013. doi: 10.1161 / STR.0b013e318284056a.