Por definição, alergia alimentar se trata de uma reação do sistema imunológico a algum componente presente em um determinado alimento.
A função do nosso sistema imunológico é proteger o corpo de substâncias possivelmente nocivas, como bactérias, vírus e toxinas.
Quando uma reação alérgica ocorre, é porque houve resposta imunológica aos anticorpos imunoglobulina E (IgE), substância produzida pelo organismo.
Ainda não se sabe ao certo o porquê das proteínas de alguns alimentos causarem reações alérgicas. Mas, segundo o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, atualizado em 16 de Abril de 2018 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai):
“No Brasil, os dados sobre prevalência de alergia alimentar são escassos e limitados a grupos populacionais, o que dificulta uma avaliação mais próxima da realidade. Estudo realizado por gastroenterologistas pediátricos apontou como incidência de alergia no País as proteínas do leite de vaca (2,2%), e a prevalência de 5,4% em crianças entre os serviços avaliados”
Os alimentos alérgicos, mesmo quando consumidos em pequenas quantidades, podem desencadear sinais e sintomas que variam de gravidade, chegando a causar risco de vida.
Os principais fatores de risco para alergia alimentar incluem:
Quando a alergia alimentar não é de conhecimento prévio, ou seja, os sinais e sintomas só aparecem na fase adulta, é normal confundir com intolerância alimentar, que não envolve o sistema imunológico e é uma reação muito mais comum e menos grave.
Por isso, o recomendado é realizar testes alergénios para ter o conhecimento prévio se você possui algum tipo de alergia alimentar e assim conseguir se prevenir e realizar tratamentos apropriados.
A princípio, os efeitos da alergia alimentar no organismo dependem do tipo de manifestação que cada paciente apresenta. Ela pode se caracterizar por lesões de pele ou situações mais graves como a anafilaxia ou choque anafilático, onde ocorre uma reação sistêmica poucos segundos, ou minutos, após entrar em contato com a substância alérgica. Nestes casos, há um comprometimento da pele, do trato gastrointestinal, sistema respiratório e cardiovascular que, se não for tratada com rapidez, pode levar o paciente à morte.
Devido à gravidade de alguns sintomas e o risco aumentado de não conseguir respirar, é importante que quando os primeiros sinais de alergia alimentar aparecerem seja solicitada ajuda médica.
Dessa forma, o paciente terá o tratamento mais adequado.
O diagnóstico de alergia alimentar pode ser feito através da realização de testes de alergénios. Dessa forma, é possível identificar se o paciente possui alguma doença alérgica ou está passando por um episódio de anafilaxia.
Atualmente, os alergologistas dispõem de variados métodos de testes para diagnosticar as alergias como você verá a seguir.
E um procedimento rápido, seguro e indolor. Faz-se uma leve picada (puntura ou “prick”) e gotas dos alérgenos são pingadas no antebraço do paciente e observa-se a resposta da reação.
Dessa forma, o resultado é positivo quando surge uma elevação avermelhada na pele.
A solução do extrato alérgico é aplicada sob a epiderme. Os exames mais utilizados por método intradérmico são: insetos, bactérias, fungos e testes para avaliação da memória e da defesa imunológica.
Usado para avaliar alergias da pele, o exame consiste em aplicar alguns reagentes na pele limpa (geralmente nas costas)
Geralmente o material do teste são as substâncias que o paciente manipula habitualmente, montadas previamente em contensores.
O teste possui durabilidade de 48 horas.
De antemão, é aplicado sobre o local que apresenta reação alérgica uma amostra da substância suspeita de provocar a alergia.
Logo, a provocação pode ser via nasal, bronquial, oftálmica ou por meio da ingestão do alérgeno.
Essa nova técnica de diagnóstico utiliza proteínas de um único alérgeno, ou componentes, para os testes de alergia.
Atrevés dos alérgenos bem como os componentes de ImmunoCAP ISAC, é possível efetuar uma detecção quantitativa exata dos anticorpos IgE.
Através de uma amostra de sangue, são medidos os níveis de anticorpos, as imunoglobulinas da classe E (IgE), são usualmente associados com a alergia e/ou parasitose. Por isso é importante medir os níveis.
Todavia, é pouco provável que pacientes com IgE total inferior a 10 kU/L tenham alergia.
Primeiramente, é necessário uma amostra de soro sanguíneo que será testada com alérgenos específicos.
O soro coletado para o teste pode ser armazenado por longos períodos para ser testado com alérgenos adicionais.
Dentre todos os teste oferecidos, o de IgE específico é o mais vantajoso
Este teste é isento de risco e não sofre interferência de medicamentos em uso pelo paciente, como antidepressivos tricíclicos e antihistamínicos.
Assim, a indicação dos níveis de anticorpos do tipo imunoglobulina E (IgE) para um alimento específico a ser testado, são auxiliares no diagnóstico das alergias e oferecem muitas vantagens ao médico e ao paciente.