A asma é a doença crônica de maior prevalência na infância, acometendo 10% a 20% da população pediátrica, sendo a quarta causa de internação. Envolve uma complexa interação entre obstrução ao fluxo aéreo, hiper-responsividade brônquica (aumento de sensibilidade nos brônquios) e inflamação da mucosa.
Caracteriza-se, clinicamente, por episódios recidivantes ou persistentes de tosse, chiado no peito (sibilância) e dificuldade na respiração, que se revertem, total ou parcialmente, espontaneamente ou com uso de broncodilatadores (remédios que abrem os brônquios rapidamente).
A crise de asma caracteriza-se por episódio de cansaço progressivo, taquipneia (respiração rápida), tosse, sibilância e opressão torácica ou, ainda, a combinação desses sintomas.
Diversos fatores podem induzir à crise de asma: alérgenos (agente causador da alergia), vírus, poluentes, fumo, alterações da temperatura, exercícios físicos, emoções e alguns medicamentos.
O protocolo de atendimento da asma em pronto-socorro (P.S.) deve buscar a máxima efetividade possível, com mínimos efeitos colaterais. Além disso, deve oferecer uma proposta de tratamento sequencial, visando evitar recaídas e retorno ao setor de urgências, com risco de internação. Portanto, o manejo adequado das crises de asma em P.S. deve incorporar quatro aspectos: avaliação e monitoramento, uso de medicamentos, orientações dos fatores desencadeantes da crise e educação do paciente.
A identificação do paciente de risco e a classificação da intensidade da crise são dados de extrema importância, pois permitem indicar condutas imediatas e abreviar etapas, contribuindo para uma evolução melhor e mais confortável ao paciente.
Controle da crise em pronto-socorro
Exacerbações graves de asma são potencialmente fatais, e os cuidados devem ser imediatos. Mesmo com o tratamento adequado, aproximadamente 10% a 25% dos pacientes necessitam de internação. Deve-se, portanto, realizar monitoramento da crise para o reconhecimento de critérios de internação ou transferência para a UTI.
Os serviços de urgência devem prover condições para o tratamento imediato das crises. Estes incluem:
Oxigenoterapia para alívio da hipóxia nas crises moderadas e graves: pode ser ofertada por cateter nasal (2l/min), máscara facial (6-8l/min) ou outras técnicas bem toleradas pelo paciente. A meta é manter SatO2 (oxigenação do sangue) maior do que 95%, enquanto ocorre a ação dos broncodilatadores.
Quando o paciente do P.S., tem alta o médico deve fornecer plano de tratamento por escrito, orientando o uso correto das medicações e possíveis efeitos colaterais. Ele deve informar também sobre o retorno com o pediatra para o tratamento inter crise, que é o mais importante para o paciente asmático.
Converse com seu médico sobre o melhor plano para seu filho. Você deve formular um plano de ação para asma com o médico do seu filho. Este plano ajudará a criança a controlar a asma e a controlar os ataques da doença. O tratamento irá variar com base no número de episódios e sintomas que o seu filho tem. É importante que você siga rigorosamente o plano de tratamento de seu filho. Opções de tratamento incluem:
Você pode ajudar seu filho a reduzir as chances de desencadear ataques de asma se fizer mudanças no estilo de vida, como:
Medicamentos usados para tratar a asma se enquadram em uma das duas categorias: Medicamentos de longo prazo são usados para prevenir ataques de asma, mas eles não funcionam quando a crise é desencadeada. A medicação pode incluir qualquer uma das seguintes combinações:
Para tratar ataques de asma, medicamentos de controle de curto prazo são usados. A medicação pode incluir qualquer uma das seguintes combinações:
A Asma do seu filho também pode ser desencadeada por alergias. Neste caso, o médico pode recomendar a aplicação de injeções de alergia . Através destas vacinas, quantidades muito pequenas de um alérgeno são aplicadas na pele. Com o tempo, seu filho reagirá menos a alérgenos específicos. Com menos gatilhos, a asma também é atenuada. A imunoterapia sublingual também pode ser usada. Este tipo de tratamento consiste em colocar as substâncias alérgicas sob a língua, em vez de aplicar vacinas contra alergias.
O Hospital Consulta Online (HCO) é um portal especializado em telemedicina que tem como objetivo ajudar empresas, médicos e pacientes a se conectarem através de nossa tecnologia.
Possui uma solução global de telemedicina que conecta médicos a pacientes dando agilidade e praticidade ao atendimento e monitoramento. Onde o atendimento remoto e acompanhamento continuado dos pacientes são feitos por diversos médicos e clinicas selecionadas. E você tem a possibilidade de escolher por quem quer ser atendido de forma online e rápida. Além de ser seguro e não precisar sair por ai, com uma criança que é do grupo de risco do Covid.
Para acessar é só clicar no link!
https://hospitalconsultaonline.com/
Fonte: Baseado no texto da autora do livro Manual de Urgências e Emergências em Pediatria
Hospital Infantil Sabará – Ed. Sarvier