A dieta na gravidez deve ser muito bem organizada, visto a necessidade do corpo da mamãe estar em perfeito equilíbrio para gerar uma nova vida que vem a caminho. Esperar um bebê é uma das experiências mais bonitas para uma mulher, um momento emocionante e delicado que requer muita atenção extra.
A alimentação certa durante a gravidez ajuda a manter o peso da futura mãe dentro do normal, garante a quantidade certa de calorias e nutrientes, afasta o risco de carências, fatores esses que garantem um ambiente seguro e tranquilo de gravidez para a mulher e crescimento saudável para o bebê.
Neste conteúdo, separamos dicas essenciais para você que deseja montar a dieta na gravidez ideal para não engordar tanto e ainda sim cuidar da alimentação de seu bebê. Leia conosco!
Deficiências ou excessos nutricionais na gravidez podem causar distúrbios do crescimento e do desenvolvimento neuromotor do feto, que também afetam sua saúde na vida adulta.
Uma deficiência ou transporte insuficiente de nutrientes pode determinar, por exemplo, um baixo peso ao nascer e tamanho pequeno em relação à idade gestacional, o que predispõe à baixa estatura na idade adulta e redução da capacidade cognitiva, por isso a importância de uma dieta saudável e balanceada.
O ganho excessivo de peso da mãe durante a gravidez, entretanto, pode ter efeitos negativos na saúde do feto, com maior chance de nascer alto peso, aumento de partos cesáreos, obesidade e metabolismo glicêmico anormal nas crianças, fatores esses que podem aumentar o risco de obesidade nos primeiros anos de vida e o risco cardiometabólico na idade adulta.
Um estudo recente também mostrou que, em mulheres com sobrepeso, o ganho excessivo de peso durante a gravidez leva a uma alteração morfológica da placenta (com redução tanto da espessura quanto da eficiência funcional): efeito que pode ser atribuído a alto grau de inflamação sistêmica associada ao mau estado nutricional.
Por isso, é fundamental que a dieta na gravidez seja completa e balanceada, garantindo o correto fornecimento de energia, macro e micronutrientes para evitar carências e excessos.
Existem vários nutrientes que são particularmente importantes para o crescimento adequado do feto e para a saúde da mãe, ou seja, que necessitam estar contidos na dieta na gravidez. Portanto, é imprescindível garantir a quantidade certa durante a gestação, trazendo à mesa os alimentos mais ricos nela e fazendo, quando necessário e por indicação do médico, os acréscimos adequados. Leia:
Na gravidez, a necessidade de proteínas aumenta progressivamente para apoiar a síntese de proteínas nos tecidos maternos e no crescimento fetal (máximo durante o terceiro trimestre).
O cálcio é o mineral mais presente no organismo, muito importante para garantir a obtenção e manutenção da massa óssea e para afastar o risco de osteoporose.
Na gravidez, é essencial para o correto desenvolvimento do feto, mas também para evitar riscos à saúde materna: se não for a nutrição materna que fornece esse mineral ao feto, os ossos da mãe se privarão dele, descalcificando-se.
Garantir a quantidade certa de cálcio leva a uma maior mobilização de cálcio do esqueleto materno e a uma absorção intestinal mais eficiente. Então, a alimentação balanceada e correta é ideal.
A vitamina D participa do metabolismo do cálcio, favorecendo sua absorção no intestino e seu depósito nos ossos: portanto, é essencial para o bom desenvolvimento e saúde do sistema esquelético.
Na primeira fase da gestação, a vitamina D está envolvida na modulação do sistema imunológico, ajudando a favorecer a implantação embrionária e a regular a secreção de vários hormônios.
De acordo com um documento de consenso recente do Ministério da Saúde, o status de vitamina D da mãe durante dieta na gravidez pode influenciar o processos de aquisição da massa óssea do feto e do bebê, mesmo nas fases mais avançadas da vida, até que o pico de massa óssea seja atingido. Esses resultados confirmam a importância da vitamina D na gravidez.
Envolvido em vários processos enzimáticos, o ferro, um constituinte da hemoglobina, mioglobina e várias enzimas, desempenha um papel essencial na transferência de oxigênio para os tecidos. A necessidade desse mineral durante a gravidez aumenta progressivamente até o terceiro mês, paralelamente ao acúmulo de ferro nos tecidos fetais.
A principal função bioquímica da vitamina B12 é mediar à replicação do DNA e do RNA (juntamente com o folato), possibilitando a renovação celular: por isso, assim como para o folato, a necessidade dessa vitamina durante a dieta na gravidez também aumenta.
A vitamina B12 também é crucial para o desenvolvimento ideal dos glóbulos vermelhos e para as funções do sistema nervoso central.
O iodo é um elemento fundamental para a formação dos hormônios tireoidianos FT3 e FT4 e, portanto, para garantir seu correto funcionamento para o feto, desde o crescimento até a formação e desenvolvimento de órgãos e sistemas, bem como do sistema nervoso.
A ingestão adequada desse mineral com a dieta na gravidez é garantia de eutireoidismo para o feto, uma vez que a tireoide fetal passa a funcionar somente por volta da décima segunda semana de gestação.
Durante a gravidez, também é importante garantir a quantidade certa de gordura e, acima de tudo, estar atenta à sua composição. Muito importante é a ingestão de gorduras poli-insaturadas, especialmente ômega 3, EPA (ácido eicosapentaenóico) e DHA (ácido docosahexaenóico).
Este último, em particular, é o ácido graxo de cadeia mais longa e de maior grau de insaturação, sendo fundamental como constituinte importante, sobretudo, do cérebro e da retina.
De acordo com o Ministério da Saúde, consumir até 3-4 porções de peixe por semana durante a gravidez garante uma ingestão adequada de gorduras EPA e DHA para o correto desenvolvimento do feto, sem envolver riscos significativos de contaminação por metil mercúrio, pelo menos para peixes comercializados aqui no Brasil.
A água também é um elemento a não esquecer entre os indispensáveis na dieta na gravidez. A gestante, de fato, além de suas próprias necessidades, deve cobrir também as gestacionais e fetais.
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