SAÚDE

Uso de máscara e o agravamento da dermatite

Durante a pandemia causada pela covid-19,  o uso de máscara facial é recomendado como um dos métodos preventivos para diminuir a dispersão de gotículas durante a fala, espirro e tosse. Apesar de se tratar de uma medida necessária para diminuir a contaminação ambiental do vírus, o uso prolongado de máscaras tem desencadeado certas condições de saúde, como diversas patologias na face e, uma das que tem apresentado um aumento considerável nessa pandemia, é a dermatite perioral (DP).





O que é a dermatite perioral?

A dermatite perioral é uma erupção que ocorre mais comumente em mulheres e consiste no surgimento de pequenas lesões inflamatórias acompanhadas de áreas com escamação e pequenas crostas ao redor da boca. Uma barreira cutânea prejudicada e a predisposição a sensibilidade e doenças atópicas são as principais causas.



Os fatores desencadeantes mais comuns são agentes irritantes, como pasta de dente com flúor, e o uso excessivo de cremes e hidratantes faciais pesados (especialmente aqueles com base de vaselina, parafina ou miristato). Fatores físicos como radiação ultravioleta, calor e vento também podem piorar o quadro.



O uso da máscara pode piorar essa condição?







Sim! Durante o uso prolongado da máscara, a umidade e o vapor, bem como outras secreções, como suor, saliva ou muco, ficam presos entre a pele e a máscara causando irritação e sensibilização do local.



Um estudo recente avaliou a temperatura e a hidratação da pele da região à volta da boca durante o uso prolongado de máscaras (durante 1 hora e 6 horas). A temperatura aumentou significativamente em relação às condições antes da utilização da máscara e a hidratação da pele diminuiu muito na região.



Como tratar as irritações cutâneas decorrentes do uso da máscara?



Para o cuidado com a pele sensibilizada, auxiliando no tratamento da dermatite perioral, duas etapas são fundamentais: evitar fatores de piora e hidratar a pele da face. Como a dermatite perioral se inicia com uma sensibilização por irritação e desencadeia uma quebra da barreira cutânea, o tratamento deve reparar a barreira cutânea prejudicada para minimizar a inflamação.



A etapa de limpeza da pele deve ser feita com sabonetes pouco abrasivos e a hidratação deve ser realizada duas vezes ao dia com hidratantes hipoalergênicos. Fórmulas minimalistas, hipoalergênicas e com efeito calmante, como Umiditá Rosto, são indicadas para o cuidado com a pele sensibilizada e reparo da barreira cutânea, auxiliando no tratamento da dermatite perioral. Por tratar-se de hidratante com formulação leve, o Umiditá Rosto repara a barreira cutânea sem provocar piora por oclusão.



 



Referências

https://bit.ly/3nr4v6k

https://bit.ly/34lfaI5

https://bit.ly/2K1ffKj

https://bit.ly/38erOtw

https://bit.ly/3oZFmzS

https://bit.ly/3r2Nn9c

https://bit.ly/3ahM5B3



 




  1. 1. Foo CC, Goon AT, Leow YH, et al. Adverse skin reactions to personal protective equipment against severe acute respiratory syndrome–a descriptive study in Singapore. Contact Dermatitis. 2006;55(5):291-4.

  2. Gheisari M, Araghi F, Moravvej H, et al. Skin reactions to non-glove personal protective equipment: an emerging issue in the COVID-19 pandemic. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2020;34(7):e297-e298.

  3. Tolaymat L, Hall MR. Perioral Dermatitis. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls; 2020.

  4. Dirschka T, Szliska C, Jackowski J, et al. Impaired skin barrier and atopic diathesis in perioral dermatitis. J Dtsch Dermatol Ges. 2003;1(3):199-203.

  5. Lipozenčić J, Hadžavdić SL. Perioral dermatitis. Clin Dermatol. 2014;32(1):125-30.

  6. Techasatian L, Lebsing S, Uppala R, et al. The Effects of the Face Mask on the Skin Underneath: A Prospective Survey During the COVID-19 Pandemic. J Prim Care Community Health. 2020;11:1-7.